quarta-feira, 27 de abril de 2011



Teu corpo mora em mim.

Nos laços do corpo se laçam
Nas mãos isalumbres se amaçam
Desfaça a luz e esconde
Jaz esta noite na imensidão
Caio em mãos onde
Me enlaçam na solidão

Abra a janela, pois eu espero
O aroma lá fora e traz
Para dentro do íntimo, a paz
Teu corpo mora em mim
E este enlaço que faço assim
Permite-me dizer que o quero

Ah! Como eu amo e vejo..
E por amor termino a vida
Por amor me dei vencida
E nesta nota eu desejo
Enlaço meu corpo em tuas asas
Querer-me em teu corpo e me faças

Voar nas asas dessa paixão.

sexta-feira, 22 de abril de 2011





"Minha literatura é linda e vã maravilhosa, a minha alma pertence a muitos e é para quem gosta de ver, quem não gosta, procure a sua e exponha também. Não há orgulho maior do que trabalhar com as palavras e dar corpo e alma e elas.
E não tem melhor retorno para nós poetas do que leitores que realmente gostam e apreciam a nossa arte."


Valesca A.Rennó

quarta-feira, 20 de abril de 2011





Vem dos olhos de deus esta ganância

Sobre os pecadores que inibem
É neste receio que abriga a ignorância
Dos seres que marcham, que vivem

Se na magnitude plena de um coração
Mora amor e compaixão
Não releva a prisão e o medo ter
Estas a par de ser humano sem crer

Não te espera fogo, não te espera tormenta
Pois se da bondade viver
O inferno não há de querer

Se deste fanatismo o enfermo acolhe
Pois saiba que nada te escolhe
És bom, és mau, é humano



                                                                  Valesca A.Rennó


terça-feira, 19 de abril de 2011



Soneto da vaidade


E nas pontas da vaidade outrora
Caí nesse furor profundo de agonia
E é por desfolhar a flor d’aurora
Que não me amei como queria

Se da sombra escura nasce
O passado a minha mocidade
Sofro em elo em ver a idade
Serena e tão fleuma na face

Sonhei, amei, morri
E do amor aberto e nu, vivi
Sem receber  uma só queixa

E é nesta flor do tempo
Que me levo na imensidão
Errante e só em sentimento


                                                                             ValescaA.Rennó


segunda-feira, 18 de abril de 2011





Chora o violino e a dor do tempo
Chora e sente a brisa no vento
Assim inerte o coração que sente
Que o melhor amante é o que mente

Não paro para pensar
Que neste vão momento
Correm as horas em desalento
Pois a vida precisa pulsar

O melhor amante é o que engana
E que a queira de forma profana


                                                                                      Valesca A.Rennó

sexta-feira, 1 de abril de 2011







A tristeza é sólida sobre o inteiro 
Desce errante o aventureiro
Que a curto passo cresceu
Para aflorar solidão infinda
Daquela noite ao lado meu
No leito cedendo o leite da vida

E por dentro frio, nasce o poeta
Que em meu corpo completa
O sentido da palavra amor
Acelera o seio! E geme de dor
Abaixo dos olhar que dá o afeto
O artista em mim adormece
E toca-me o lábio incerto
Sobre a pele que arrasta e aquece

Do artista que cede este leite
Escorrendo entre as pernas do ambiente
Faz  tremer a mão errante
Sobre as costas nuas da noite
Neste leito em mimo eternamente


                                                                                 Valesca A.Rennó