quarta-feira, 18 de janeiro de 2012



De tantas vezes que eu decidi dizer adeus
Essa pareceu ser a mais recíproca despedida
Despedida com café e maço
Na verdade eu me cansei de despedir em pensamentos
E decidi transformar em ação o absoluto
Decidi me despedir da brandura do olhar
Das palavras secas que não traduzem nada
Da antiga cantiga do Led, nos lençóis amarrotados
Vista tão cansada que nem óculos suportam mais
E eu cansei de insônias perdidas em preocupações
Ora, o moço não é bom em considerações
Transformei em despedida todos aqueles poucos dias
Que estivemos juntos
E durante tempos, tratada com indiferença
Sinto falta daquele velho amigo
Das conversas sóbrias
Dos anseios, enleios, embaraços
E sinto falta dos nossos problemas
Das discussões, dos abraços
Mas é vida, e a vida é um caminho que a gente deve seguir só
Pela amanhã, cansar pela tarde e se deitar pela noite
Tenho uma tarefa árdua para esse inicio de ano
Não trocar palavras com quem não sabe recebê-las
Não preocupar-me, com quem nunca se importou.
Essa despedida em pensamentos me dói
Não pela despedida em si, mas por ser obrigada a transformá-la em ação
De não querer suportar mais nada.

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