quarta-feira, 16 de março de 2011






O tempo

O tempo passa, e eu carrego meu aterro
Mal posso me lembras da minha infância
Vejo enrugar em minha face a ignorância
De não reconhecer um erro.

No espelho, meus olhos num fulgor profundo
Vejo minha vida se alastrar num segundo
E passou-se quase inteira em sofrimento
É raro me lembrar de um bom momento

Meu tempo é incerto e deleitoso
Eu escrevo um verso silencioso
Não quero expor meus espasmos
Nem a tristeza nesses olhos espantados.

O que foi bom não volta mais
Passei meu tempo olhando para trás
Não apresso meus passos a frente
Quero ver minha vida deslizar-se lentamente...


                                                                                             Valesca A.Rennó

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